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São Calisto I – Papa e Mártir

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São Calisto (ou Callistus I) nasceu em Roma, por volta do final do segundo século. Ele era escravo de um cristão chamado Carpóforo. Mesmo na condição de escravo, Calisto demonstrava inteligência e confiança, e foi encarregado pelo seu mestre de administrar um banco: cuidar de depósitos e concessão de pequenos empréstimos. 


Porém, enfrentou grandes dificuldades: alguns empréstimos não foram pagos, o banco enfrentou perdas, e Calisto acabou fugindo ao perceber que seria responsabilizado. Catholicism Pure & Simple+1 Ele foi capturado, punido, e enviado para as minas de Sardenha – uma situação dramática, marcada por sofrimento físico e psicológico. 


Libertação e serviço à Igreja


Sua libertação não veio sem lutas. Uma figura influente na corte imperial (segundo algumas tradições, Marcia, cortesã muito poderosa) interveio e conseguiu sua liberdade


Uma vez livre, Calisto começou a colaborar com a Igreja de Roma. Tornou-se diácono sob o Papa Zeferino e foi encarregado de cuidar de um território muito importante para os cristãos da época: os cemitérios públicos cristãos, especialmente o cemitério na Via Ápia, que passou a levar seu nome—o “Cemitério de São Calisto”. Esse local servia não só como sepultura de cristãos e mártires, mas como ponto de encontro, de oração e de acolhimento nos momentos de perseguição. 


Papa e reformas controversas


Em cerca de 217 d.C., após a morte de São Zeferino, Calisto foi eleito Papa. saintlyways.com+2Loyola Press+2 Durante seu pontificado, que durou aproximadamente cinco anos (até cerca de 222-223), ele enfrentou tensões com grupos dissidentes dentro da Igreja, notadamente com Hipólito, que chegou a tornar-se antipapa. Esses confrontos giravam em torno de disciplina e acesso aos sacramentos, especialmente sobre o perdão de pecados graves, penitência, reconciliação — temas sensíveis para a Igreja primitiva. 


Calisto também ampliou a aceitação pastoral da Igreja: era firme na doutrina, mas procurava colocar em prática a misericórdia, admitindo penitentes de volta à comunhão e oferecendo esperança aos que se afastaram. 


Mártir e memória


A tradição antiga afirma que ele morreu mártir por volta de 222 ou 223 d.C.. Alguns relatos indicam que foi atacado por uma turba hostil aos cristãos, e que morreu afogado ou jogado num poço, às vezes com uma rocha amarrada ao pescoço. Esses detalhes são incertos, na medida em que as fontes antigas divergem e misturam-se lenda e memória histórica. 


São Calisto é considerado padroeiro dos cemitérios, por ter sido responsável pelos cemitérios romanos e por seu trabalho de assegurar dignidade e lugar de repouso para os cristãos mortos, inclusive mártires. 


Sua festa é celebrada em 14 de outubro.

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