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São Ranierio de Pisa, peregrino e místico (1117–1160)


No silêncio das pedras antigas da bela Pisa, onde hoje se inclinam torres e se elevam catedrais, brilhou no século XII a vida de São Ranierio, um dos mais humildes e tocantes santos da Toscana. Ele não foi bispo, nem mártir, nem teólogo de renome. Foi, antes, um homem convertido — um pecador transformado em peregrino, e um peregrino convertido em santo.


Ranierio nasceu por volta do ano 1117, em uma família rica de Pisa. Jovem impulsivo e sedento por prazeres mundanos, era músico e passava suas noites entre banquetes, cantorias e devaneios. Mas Deus tinha outros planos. Um encontro com um eremita sírio mudou tudo. A Palavra tocou seu coração e, como uma tocha acesa na escuridão, começou sua jornada de conversão.


Abandonou tudo: luxo, fama, conforto. Vestido de pobre, saiu em peregrinação pelos caminhos da Terra Santa. Lá, passou anos em penitência, oração e jejum, lavando com lágrimas as feridas de sua juventude dissoluta. Quando retornou à Pisa, já era outro homem: magro, de olhar sereno e alma luminosa. Tornou-se exemplo de caridade e humildade para toda a cidade.


Morreu no dia 17 de junho de 1160, sendo proclamado padroeiro de Pisa. Seus restos repousam na belíssima catedral da cidade — a mesma que ecoou seus passos, suas preces e suas lágrimas.

A vida de São Ranierio é uma dessas provas vivas de que a santidade não nasce pronta: ela floresce no terreno da conversão, regada por escolhas novas, dia após dia.


Oração litúrgica:

Deus eterno e todo-poderoso, que destes a São Ranierio a graça de abandonar os atrativos do mundo para seguir Vosso Cristo em espírito de penitência e oração, concedei-nos, por sua intercessão, o arrependimento sincero e o desejo de buscar as coisas do alto. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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